Processo de Hominização

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Olá, estudante! O nosso ponto de partida é entender como tudo começou. Como surgiu o Universo, o planeta e todos os seres que existem? 

Há algumas explicações, uma baseada na fé, outra nas evidências físicas, daí por diante… Por isso é necessário conhecer as diferentes versões para que cada um de nós possa estabelecer o próprio saber.

Hominização – África, Berço da Humanidade

Criacionismo e evolucionismo

O criacionismo e o evolucionismo são duas teorias que buscam explicar a criação e evolução da vida e do Universo.

O criacionismo se baseia nos livros sagrados das religiões monoteístas: como a Torá (judaísmo), a Bíblia (cristianismo) e o Corão (islamismo). Defende que a vida e o Universo foram criados por um ser sobrenatural, um Deus onipotente e benevolente.

Já o evolucionismo se baseia no conceito da seleção natural de Darwin, em que os seres vivos foram evoluindo e se adaptando até chegar ao ponto que estão hoje.

O evolucionismo afirma que a vida na Terra surgiu de um ancestral comum universal há cerca de 3,8 bilhões de anos. É uma “teoria” no sentido científico da palavra, o que significa que é apoiada por evidências e aceita como fato pela Ciência.

Já a ideia do criacionismo é baseada em relatos considerados sagrados e na fé, não em evidências.

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  1. Criacionismo

Algumas das afirmações mais aceitas pelos adeptos do criacionismo são:

  • A existência de um Deus criador;
  • O mundo foi feito em um período de seis dias;
  • O mundo tem apenas alguns milhares de anos;
  • Deus interveio especialmente para criar as formas de vida na terra, sem usar formas de vida anteriores e extintas para fazê-lo;
  • O ponto de vista das ciências naturais sobre a idade do mundo e a origem das formas de vida atuais está equivocado.

A teoria criacionista é compartilhada pelas três grandes religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. No entanto, as religiões politeístas, como o hinduísmo, também tem seu relato mítico sobre a criação do universo.

 

  1. Evolucionismo

Evolucionismo Teístico

Há correntes que tentam conciliar a visão criacionista com a evolucionista. Uma delas é o evolucionismo teísta, que defende:

  • Existe um Deus criador;
  • O relato bíblico deve ser encarado como alegórico;
  • O mundo desenvolveu-se durante um período de tempo mais longo do que seis dias;
  • O mundo tem muito mais que alguns milhares de anos;
  • Deus usou formas de vida anteriores e extintas para produzir as formas de vida que vemos hoje, através da evolução das espécies;
  • O ponto de vista majoritário nas ciências naturais sobre a idade do mundo e a origem das formas de vida atuais está correto.

 

Evolucionismo Ateísta

Por sua parte, quem é ateu procura defender outro ponto de vista. Há quem defenda o evolucionismo ateísta e as seguintes teses:

  • Não há Deus ou, pelo menos, não temos razões para acreditar que existe;
  • O mundo desenvolveu-se durante um período de tempo mais longo do que seis dias;
  • O mundo tem cerca de 4,5 bilhões de anos;
  • As formas de vida que vemos hoje surgiram de formas de vida anteriores e extintas.
  • O ponto de vista nas ciências naturais sobre a idade do mundo e a origem das formas de vida atuais está correto.

Como ocorre a evolução das espécies?

A teoria evolucionista sustenta que os organismos vivos que não se adaptam ao meio ambiente não conseguem sobreviver.IMG_256

Variações genéticas são introduzidas em espécies através de mutações aleatórias de DNA, que se manifestam nas características físicas dos organismos vivos. Então, os organismos cujas características são mais adequadas para o ambiente sobrevivem e se reproduzem, passando seu DNA mutante para as gerações subsequentes.

Texto 2: A Origem  – África, o berço da Humanidade

O homem moderno evoluiu em etapas a partir de uma série de ancestrais, entre eles várias formas anteriores de seres humanos. Os corpos desses ancestrais foram mudando ao longo do tempo. De modo geral, seus cérebros cresceram, enquanto os maxilares e os dentes ficaram menores. Os ancestrais do homem começaram a andar eretos, sobre dois pés, e a usar ferramentas. À medida que isso aconteceu, a forma das pernas, dos pés, das mãos e de outras partes do corpo também foi se modificando.

Fósseis 

Os cientistas dispõem de pouco material para o estudo das origens do homem. A maioria das evidências vem de fósseis, isto é, resquícios de seres vivos que ficaram preservados no solo, na natureza. O estudo dos fósseis é chamado paleontologia.

Na África, na Ásia e na Europa, cientistas encontraram ossos e ferramentas de ancestrais do homem que viveram milhões de anos atrás. Do estudo desses fósseis é que surge o conhecimento e nascem as conclusões. Na África foram encontrados os fósseis mais antigos, indicando que a vida humana começou por lá. E os cientistas continuam a descobrir novos indícios sobre como os seres humanos se desenvolveram.

Antropoides e seres humanos 


O homem não evoluiu a partir do macaco, como vulgarmente se diz. Na verdade, tanto o ser humano moderno como os antropoides se desenvolveram a partir de um mesmo ancestral semelhante a um macaco. Os ancestrais dos seres humanos se separaram dos ancestrais dos antropoides entre 8 milhões e 5 milhões de anos atrás. Depois disso, cada grupo se desenvolveu separadamente. O mais correto, portanto, é dizer que o homem e o macaco têm ancestrais comuns.

Os seres humanos pertencem ao grupo Hominini. O termo “hominíneo” (uma subdivisão dos hominídeos) engloba os seres humanos e todos os seus ancestrais, desde o tempo em que começaram a se desenvolver separadamente dos antepassados dos antropoides.

Hominíneos 

Hoje só existe uma espécie, ou tipo, de hominíneo — o homem moderno. No passado, era comum duas ou mais espécies de hominíneos conviverem. 

Australopitecos

Alguns dos primeiros hominíneos são conhecidos como Australopitecos. Houve diversas espécies dentro desse grupo, sendo as principais as dos chamados australopitecos. Fósseis revelam que os australopitecinos viveram na África entre aproximadamente 4 milhões e 2,5 milhões de anos atrás. Um dos mais famosos desses fósseis é um esqueleto parcial que foi encontrado na Etiópia e apelidado de “Lucy”. Os ossos têm cerca de 3 milhões de anos de idade.

Os australopitecinos tinham algumas características semelhantes às dos antropoides. Por exemplo, seu cérebro era muito menor que o cérebro do homem moderno. Eles subiam em árvores com muita facilidade, mas andavam sobre dois pés, como os seres humanos. Os cientistas sabem disso pelo estudo de fósseis de pernas, joelhos, pés e pelves — outra evidência é o conjunto de pegadas preservadas no solo encontradas na Tanzânia.

Seres humanos

Todas as espécies humanas pertencem a um grupo ou gênero científico que faz parte do grupo Hominini. Esse gênero se chama Homo. É por isso que os nomes científicos de todas as espécies humanas começam com a palavra Homo, do latim, que significa “homem”. As formas mais antigas de seres humanos surgiram entre 2 milhões e 1,5 milhão de anos atrás. Esses homens antigos possuíam cérebro maior que os australopitecinos. É provável que seu comportamento também fosse mais semelhante ao do homem moderno. Por exemplo, uma espécie humana primitiva chamada Homo habilis (“homem habilidoso”) usava ferramentas de pedra para abater animais. Entre as espécies humanas posteriores estão o Homo erectus (“homem ereto”) e o Homo heidelbergensis (“homem de Heidelberg”). Cientistas acreditam que esses seres humanos já usavam o fogo para cozinhar alimentos.

O chamado Homo neandertalensis (“homem de Neandertal”) conviveu por algum tempo com o homem moderno e tinha parentesco estreito com eles. Os neandertais desapareceram há cerca de 28 mil anos. 

O ser humano moderno provavelmente se desenvolveu entre 200 mil e 100 mil anos atrás. O nome científico da espécie é Homo sapiens (“homem racional, o homem que sabe”). Acredita-se que os primeiros representantes da espécie surgiram na África, espalhando-se depois pela Ásia e pela Europa, e, mais tarde, pela América. Ainda não se sabe exatamente em que circunstâncias eles surgiram, mas os cientistas continuam em busca de evidências que ajudem a entender esse processo.

Observe no mapa: de acordo com a idade em milhares de anos, a vida surgiu no centro-sul da África, se espalhando pelos outros continentes através das migrações dos povos. Note o tempo estimado da origem até chegar na Américado Sul, onde está o Brasil.

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FONTES:

https://escola.britannica.com.br/

https://plurall-content.s3.amazonaws.com/

Livro Por Dentro da História, Pedro Santiago, Célia Cerqueira e Maria A. Pontes